terça-feira, 5 de maio de 2009

O cinto também???

4 maldades alheias





















Eu passei muito tempo pensando se devia ou não expor essa situação aqui. Geralmente quando você passa vergonha reza pra ninguém notar...E agora veja eu, publicando meu maior mico do ano (até o presente momento) aqui.
Eu nem ia comentar isso aqui, mas ando numa falta de ideias (agora na versão sem acento) pra novos posts. Ano levando bomba em História das ideias e ainda nem fiz a prova! É só premonição.
Bom, o caso foi o seguinte...
Era 3 de abril e eu precisava depositar um dinheiro num certo banco (não vou dizer o nome, mas tem a ver com um bando de criancinhas nas janelas no natal). Eram só 40 reais e eu ainda iria pra aula depois. Eu não esperava gastar lá mais que 10 a 15 minutos.
Então depois do percorrer toda a Marechal (para os não-curitibanos isso é uma rua ;) ) até o banco eu cheguei lá. Eu não podia simplesmente depositar num caixa-rápido porque eu precisava que o dinheiro caísse naquele instante na conta.
Entrei. Não tava muito cheio, mas tinha um certo número de testemunhas por ser a hora do almoço e tal.
Foi então que me deparei com o que vem a ser agora meu pior pesadelo: A porta-giratória com detector de metais.
"Mas Ludi, você diz, é só por seu celular e sua chave alí e passar na boa". Também pensei que fosse assim, meu caro leitor...Mas aparentemente não nesse banco específico.
Como nos outros bancos tirei as chaves e celular e tentei passar, a porta travou e eu ouvi aquela voz cavernosa:
- Deposite os objetos de metais na gaveta ao lado.
Voltei e tirei os óculos da minha cabeça e o mp3 do bolso. Nova tentativa.
- Deposite os objetos...
Voltei de novo. Deixei a pequena fila que havia se formado atras de mim passar e tentei imaginar o que mais tinha de metal comigo. Tirei meu óculos de grau que estava na caixa, dentro na mala, 75 centavos jogados no fundo da mochila e tentei de novo.
- Deposite os...
QUE OBJETOS, MINHA FILHA! EU NÃO TENHO DROGA DE OBJETO DE METAL NENHUM PRA POR NESSA TUA GAVETINHA!
Foi aí (e só nessa altura do desespero) que o segurança do outro lado da porta notou meu princípio de pânico. Eu me abaixei pra falar com ele pela abertura da gavetinha:
- Mas eu não tenho mais nada de metal!
Ele:
- Nada? Radinho, celular, chaves soltas, moedas em grande quantidade, cinto...
Aí meu queixo caiu. Eu juro que pensei que tivesse ouvido errado ou coisa assim. Tive que perguntar:
- O cinto também?
-Se houver partes em metais sim.
Alôoô! Fivelas de sintos costumam ser de metais!
Reuni o que ainda me restava de dignidade e tirei a porcaria do cinto.
Consegui entrar!
Você pode pensar que não é um mico assim tão grande, tipo, todo mundo conhece alguém que conhece alguém que já teve que tirar o cinto das calças no meio do banco! Mas pra mim foi o suficiente. Quando entrei felizmente ninguém da espera olhava pra mim. Ou olhavam propositalmente pro lado tentando conter o riso. Das duas, uma.
Eu olhei pro painel da senha, 182, e comecei a olhar pros lados procurando onde eu poderia obter uma. Pois eu não achei.
Voltei e perguntei ao meu novo melhor amigo, o segurança.
Pro meu completo desespero ele apontou pra uma mesa PRA FORA da porcaria da porta-giratória.
Acho que ele notou meu rosto pálido e meu principio de choro porque falou o mais delicadamente que um segurança armado de 1,95m pode falar:
- Pode deixar a bolda aqui que eu cuido pra você.
Eu saí, sem cinto nem nada e fui pegar minha senha. 213. O balcão onde ficam as senhas não tinha nada escrito. Nenhum aviso simples do tipo ''retire aqui sua senha' ou 'retire aqui sua senha antes de passar pelo detector de metais e tenha que extrair até o ferro do sangue para efetuar o acesso para depois descobrir que você deveria ter pego a senha aqui o tempo todo''.
Com a senha agora em mãos a espera não foi tão longa. Eu demorei uns 3 minutos e 17 pra depositar a grana. Sério, é muito rápido.
Quando estava saíndo joguei um tchauzinho pro meu amigo o segurança. Aí ele segurou um celular (um samsung prata) e sacudiu pra mim:
- É seu?
Eu não o culpei, claro. Eu tinha dexado tanta coisa alí que ele presumiu que seria meu aquele esquecido também.
Eu disse que não e segui meu caminho. Uma aula de História das idéias me esperava ansiosa!
Mas, sinceramente. Pelo abalo emocional que eu sofri eu talvez devesse ter ficado com o celular.
 
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