sábado, 22 de agosto de 2009

BOICOTE AOS E-BOOKS

2 maldades alheias
Confesso que já li vários livros em e-book.
Vários mesmo.
Mas qual é. Livros são tão caros. E quem gosta de ler acaba indo a falência.
Mas ultimamente minha consciência anda me incomodando. Sim, eu tenho uma. Por incrivel que pareça.
Porque pense. Um escritor ganha aproximadamente 10% do dinheiro arrecadado da venda de cada um dos exemplares. Logo, se ele vender 50000 exemplares por 30 reais ele vai ganhar 150000. Se e-books virar moda e todo mundo passar a ler no computador os escritores vão ganhar menos. Ganhando menos eles vão ter que arrumar empregos alternativos. Tendo empregos alternativos diminue o tempo para escrever. Diminuindo o tempo para escrever não vai ter nem livro nem e-book pra lermos!
Por isso, na nova serie Percy Jackson e os olimpianos (que quero deixar claro que eu e a yan gostamos antes de virar modinha) eu decidi que vou comprar TODOS os livros.
Rick Riordan pode ficar tranquilo que da minha parte os 2,90 destinados a ele estão garantidos.
E pra reparar parte dos livros e-books que eu li me comprometo a coprar a serie Crepúsculo todinha! Que eu li toda no computador. (em 15 dias) Só espera eu comprar os da Meg pra ela autografar (*-------------*) e eu ganhar o concurso de contos (se um milagre gigantesco acontecer).
Enfim, a capa é do filme do Percy Jackson e os olimpianos/ O ladrão de raios (que eu e a yan somos fãs antes de virar modinha). Parece que não tem data de lançamento aqui no Brasil, mas tomara que seja fevereiro.
A capricho já foi lá por um dos atores na capa. Agora vai pipocar posers fãs do PJ só porque ele é MUITO GATO. (lembrando que eu e a yan somos fãs não porque os autores são lindos, mas muito antes de virar moda).
certo, é isso.
Ah, quem estiver lendo isso e tiver skoob me add!
e se você não tiver faça um!
abçs

sábado, 15 de agosto de 2009

Um comentário sobre livros

2 maldades alheias


É bom avisar já: se você não leu A cidade do sol, nem leu ou assistiu O caçador de pipas é bom parar de ler por aqui (mas nem por isso está isento de comentar). Não quero ser acusada de estragar a surpresa da leitura ou algo assim. Mas prometo tentar não contar detalhes vitais do enredo.
Uma coisa eu preciso dizer de Khaled Hosseini - ele não tem medo de maltratar seus personagens. A galera sofre o livro inteiro. Não entenda isso como uma crítica negativa. Aliás esse post não é pra criticá-lo. Mesmo porque eu adorei os livros, de verdade.
A pergunta que eu quero fazer é POR QUE OS LIVROS TEM QUE TER TANTA TRAGÉDIA? Sério, a vida já é uma droga na maioria das vezes, será que a gente também tem que ler drogas de vidas alheias? Eu já sou, por natureza, uma pessoa meio chorona, lendo um livro desse eu desabei em lágrimas!
Mas eu super recomendo esses livros. Ele escreve aquele tipo de livro que marca sua vida literária, aquele que você jamais esquece e que você sente que de alguma forma (mesmo que mínima) te engrandece como ser humano. O tipo de livro que, em certa altura, você dá uma espiadinha nas últimas páginas pra ter certeza que o personagem vai conseguir seus objetivos. Porque você se afeiçoa a ele e sente uma ansiedade quando lê os perrengues que ele passa.
Até separei um trecho, umas das muitas frases marcantes do livro que te fazem refletir e se sentir idiota ao mesmo tempo, sabendo que jamais poderia escrever nada assim tão brilhante:
(...)fiquei imaginando se era assim que se brotava o perdão, não com as fanfarras da epifania, mas com a dor juntando as suas coisas, fazendo as trouxas e indo embora, sorrateiramente, no meio da noite. - O caçador de pipas, pag. 354
Mas voltando à minha pergunta inicial, por que tanta tragédia? Ambas as histórias se passam em partes ou integralmente no Afeganistão. A história do país é marcada por inúmeros confrontos internos e externos, os jihad. Teve a invasão soviética em 1979 e depois o domínio Talibã, o que quer dizer que o contexto já não é muito feliz.
Quando cheguei no final do livro (e isso mais em O caçador de pipas) senti como se o final não fosse bom o suficiente pra compensar as 365 páginas de desventuras em série (huhuhu, um ótimo filme, por sinal). Quero dizer, o Amir já sofreu o livro todo, será que o Sohrab precisava fazer aquilo nas últimas 10 páginas?
Enfim, isso não torna o livro menos incrível. O Hosseini junta, como disse Isabel Allende, grandes elementos da literatura e da vida para tecer os romances. Além de mostrar detalhes de outra cultura interessantíssimos.
E a resposta pra minha pergunta na verdade não existe. Não existe um porquê. Esse é o gênero do livro e ponto. É que você se apega ao Amir, a Miriam, ao Hassan, a Laila. Eles passam a ser seus companheiros diários. A história te envolve a tal ponto que você compartilha com os personagens os bons e maus momentos. Chega a sentir raiva de Assef ou Rashid. Confesso que quando a Miriam acertou uma pazada na cabeça do Rashid e ele mijou nas calças não consegui não-sorrir.
É, eu enrolei tanto pra dizer que os livros são bons. E que se alguém quiser ler eu empresto!
E já que falamos de histórias e narrativas e tal...
Bom, por sugestão da Yan eu entrei num concurso de contos das Livrarias Curitiba (incrições encerradas hoje). Mandei dois contos, ambos escritos na louca. Mas humildemente peço sua torcida. O prêmio é de um vale-compras de R$ 500 e o conto vai ser publicado na revista Ler&cia. Como o concurso é em territorio nacional e certeza de que um monte de gente com mais experiência no campo da escrita vai mandar contos pra ganhar de amadorezinhos só por diversão, minhas chances meio que são remotas. Mas as regras não mencionavam nada contra mandingas, certo?
E tashakor por ler até aqui ;)





segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Histórias de pronto-socorro

6 maldades alheias
Como venho tentando ultimamente fazer esse blog ter alguma utilidade pública, vou dizer a vocês o que os aguarda se, por acaso, precisarem ir a um pronto-socorro.
Li em algum lugar que pra aumentar as visitas no blog tem que usar no texto palavras muito procuradas no google. Então lá vai: GRIPE SUÍNA.
Como todo mundo sabe (pelo menos quem leu Crepúsculo sabe) em 1918 a Gripe Espanhola matou 2 milhões de pessoas. Nome do vírus: H1N1, nosso conhecido. Mas não estou aqui pra falar sobre o que todo mundo já sabe, vou falar de um lado que a mídia nao mostra, a espera nos pronto-atendimentos. E olha que não estou falando se SUS nem nada, é de clinica particular. (Omitindo nomes)
As coisas mudaram muito depois dessa epidemia. O alcool gel não para nas prateleiras, as escolas pararam, os mais neuróticos andam de máscara pra todo lugar. É claro que nas emergências médicas não podia ser diferente.
Já fazia uns 5 dias que eu apresentava dores de cabeça, dores de garganta, febre e meus olhos pareciam pesar uns 2 kg cada. Por isso no sábado meu pai resolveu me arrastar pro hospital. Hora de saída: 9:10 da manhã.
Primeira alteração: Logo na entrada, do lado esquerdo, noto uma caixa cheia de máscaras. Em cima uma placa com o seguinte dizer: "Se você apresenta sintomas de gripe por favor coloque a máscara". Vale lembrar que o por favor é mero enfeite, o uso da máscara é OBRIGATÓRIO. Não importa o quanto dói ficar com ela em cima da orelha, não importa que fique entrando no olho quando você fala nem que não dê pra entender uma só palavra ao preencher a ficha de entrada.
Segunda alteração: As cadeiras na espera estão cheias, mas não há cadeiras sobressalentes.
Sentamos e esperamos...e esperamos...e esperamos...A mulher da recepção disse que demoraria uma hora e meia pra chegar minha vez. Do meu lado senta uma mulher com fones de ouvido, mas ninguém a avisou que o alto-falante tava ligado. Então as trinta pessoas ali sentadas ficaram ouvindo sertanejo a manhã toda.
Terceira alteração: as mulheres da limpeza estão trabalhando dobrado. O cheiro de desinfetante predomina. Meu pai joga uma animada partida de tetris no celular pra perceber. Tento jogar Snake, mas meus olhos estão ardendo.
Lá pelas 10:20 da manhã a mulher sentada na cadeira atras de mim liga pra filha. A conversa se passa mais ou menos assim:
- Sim filha, eu ainda estou aqui esperando. Não ainda não fui atendida. É uma pouca vergonha isso. Estou sentada aqui já faz mais de 20 minutos!
Quarta (não) alteração: A emergência está cheia, mas não há médicos a mais. Na proxima meia hora um número espantoso de pessoas são atendidas - duas. Na outra ala de cadeiras de espera, a que fica perto da maquina de café, uma mulher acabara de desmaiar.
Enquanto isso, a mulher atras de mim faz nova ligação. De novo pra filha, coitada. Imagino o ódio que esse menina deve ter ficado se por acaso estivesse tentando dormir.
- Filha de Deus! Já são 11:15 e eu esperando ainda! Veja aí na internet se tem um tempo limite de espera. Porque assim não dá. Meia hora eles atendem duas pessoas! E só uma médica ainda. Tem um japones que não para no consultório. Todo mundo aqui morrendo e ele passeando!
No exato momento que ela falou morrendo os três na minha frente estavam rindo. Era uma mãe e dois filhos. Até agora não sei quem estava doente, porque eles pareciam achar tudo tão divertido quanto eu. Eles conversavam sobre filmes, especificamente Harry Potter. A menina apontava as cenas que achou nada-a-ver e a mãe ( que parecia saber mais da serie do que ela) dava a opinião. "mas que nada-aver aqueles passarinhos né mãe? Tem no livro? Eles atacam o Rony mesmo?" e "Que nada-a-ver aquele beijo né mãe?" ou "Mas A Toca pega fogo no livro? que nada-a-ver né, porque onde os Weasley vão morar?".
Às 12:10 um médico novo chega. Entra em um dos consultórios, acende as luzes e chama o primeiro nome: o meu.
Não é bizarro como os médicos apertam sua cara com os polegares e perguntam se dói? Claro que dói! Dexa eu fazer em você pra ver como dói!
Depois disso ele me encaminha para o raio-x. O que significa que eu ainda vou demorar pra ir pra casa. Mudo da espera da emergência pra espera do raio-x. O mulherzinha grita LUDMIIILA. Levanta eu e uma menininha. A recepcionista olha, pisca algumas vezes e acrescenta: SOUZA. Na trave.
Com o raio-x em mãos volto ao primeiro medico. Pra desespero da galera da espera passo na frente. haha. A mulher das ligações ainda está esperando.
Diagnosticada com Sinusite posso, enfim, voltar para casa. Na mão uma receita com 2 remédios.
Jogo a máscara no lixo, lavo as mãos com alcool gel e saio. Quando entro no carro olho o relógio automaticamente. 13:40.
Fazendo uma retrospectiva de tudo, o pior não foi nem a loooooooonga espera.
Quando fui tirar raio-x o cara mandou eu soltar o cabelo, que estava preso com piranha. Foi horrivel. Fazia dois dias que eu não lavava porque tava de cama e tal. Mas se notou não comentou nada.
 
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