Estresse: a doença do século XXI. O estresse não escolhe classe social, e em tempos de crise...ele ataca geral! (rima desproposital)Já foi comprovado que o estresse desencadeia no cérebro uma atividade hormonal que nos faz mais propensos a comer doces, consumir drogas e apostar em jogos de azar. E a substância que é culpada por isso chama-se corticotropina.
Mas longe de mim querer fazer uma análise psico-médica do estresse, tanto porque eu, calourinha do 1º período (quase 2º) não tenho conhecimento suficiente para tanto, como ficou claro na minha prova de hoje. Tudo culpa do ser-aí. Voltando ao assunto...O que eu quero, nesse post, é fazer uma retrospectiva da minha última semana, que foi o ápice de estresse da minha vida.
Vamos revisar: eu tinha 3 trabalhos- um de antropologia (4 a 5 páginas sobre experiências de maternidade), outro de filosofia (3 a 4 páginas de um artigo sobre meu velho amigo, seu Heidegger) e outro da já conhecida história das ideias (20 questões pra responder desde Wundt atéeeee Behaviorismo). Some isso com as duas provas daquela semana (neuroanatomia e historia das ideias) mais a prova de hoje (128 paginas de Introdução a filosofia, do Heid) e você tem uma semana de, na boa, deixar qualquer um louco.
E se levarmos em conta que eu acabei de sair do ensino médio (ok, meu "acabei" é relativo a sete meses), a gente vê claramente que eu não entrei no ritmo.
De fato minha semana se resumiu a dormir (mas apenas 3 horas por noite), ir pra faculdade (mas estudar no ônibus) e estudar/fazer trabalho. Não sobrou tempo pra mais nada. Comer? que isso, faz um lanche rápido enquanto digita!
É claro que esses horários apertados e essa desrregulagem nos hábitos alimentares (que, é preciso dizer, já são horriveis) trouxe consequências drásticas.
Como eu tinha que ficar acordada por muito tempo eu recorri a métodos pouco ortodóxicos, como litros de coca misturados a varios tubinhos de pó de guaraná concentrado. Caaaaaaaaaaaara, isso me deixava elétrica! tipo, aquele tipo irritante de gente que fala fala fala sem parar, uns milhões de vocábulos, frases sem fim, sem pausa, corridos, e assim, mudando de assunto numa velocidade pavorosa! Aí, quando chegava na hora das minhas 3 horinhas de sono eu não conseguia dormir, tanta coisa na cabeça, tanto pra ler...Meu corpo estava tão cansado que ele mal tinha forças pra cair no sono. O que, é claro, só agravava minha situação.
Lá pelo quarto dia nessa rotina louca umas coisas bizarras começaram a acontecer. Teve uma vez que eu me descobri parada no meio do corredor sem me lembrar o que eu tinha que fazer. E era importante! Então eu refiz meu caminho, fazendo uma vã tentativa de lembrar, talvez ver alguma coisa que ajudasse. Um bom tempo depois (suficiente pra me atrasar) me lembrei que estava indo pro banho.
O pior era tentar ler Heidegger nesse estado...
"Consequentemente, temos o seguinte estado de coisas: um ente que é idêntico a si mesmo e, como esse ente idêntico, é ainda um ente que pode ser apreendido por muitos".
PELAMORDEDEUS O QUE ELE QUER DIZER???
entre outros...
Eu lia 3 parágrafos e percebia que na verdade não tinha lido nada! Aí tinha que voltar no começo e ler tudo de novo.
A coisa mais dificil de se fazer no meu bairro é se concentrar em algo. Nunca vi vizinhança pra ser barulhenta! Sempre tem um pra passar com o rádio do carro nas alturas naquele pagode de ficar na cabeça. " abandonaaaaaaaaado, assim que eu me sinto longe de vocêee!" (8) É, ficou.
É claro que as irritações diárias (como aquele ônibus cheio do post passado) só pioram nossa situação de estresse. Talvez seja por causa do estresse que batemos em velinhas pra sentar no ônibus.
Mas e aí? E você, um dos meus 3 leitores, diz pra nó.
O que o estresse faz com você?