Certo, mas você deve estar se perguntando...Por que raios a Ludi está postando sobre um inseto? Depois de nos surpreender com suas crônicas [mal-feitas] do cotidiano, ela vem me falar da droga de um parasita de jardim?
Vou dizer porque: PORQUE VOCÊ JÁ COMEU UM DESSES! E talvez não um, mas váaaaaaaaaaarios!
Quer saber como? Vou dizer como. Ele está em tudo, tudo que comemos ou bebemos, tudo que tenha a sedutora aparência vermelha de morangos silvestres ou cerejas do campo. Até no que vestimos!
É claro que ao ler as embalagens de sorvete/recheio de doces/chicletes de morango, pitanga, melancia ou framboesa refrescante você não encontra escrito: Corante artificial a base de bixos. Não, não. Ele vem camuflado com o simpático nome de Corante Natural Carmim. Ou, quem sabe, C.I. 75470 ou E120.
Acontece que o Cochinilha já está em nossas vidas desde o tempo dos Astecas! Durante o período colonial Mexicano o Cochonilha era produzido em massa! Só superado pela prata. Era comerciado a valores tão significativos na Europa que seu preço passou a ser negociado na Bolsa de Mercadorias de Londres e Amsterdã.
Mas depois da independência do México o monopólio da Cochonilha passou a pertencer a Guatemala e Ilhas Canárias. Mas o declíneo das "fábricas" de corante Carmim veio mesmo com a descoberta da alizarina, derivada das raízes da garança.
Com a produção dos corantes artificias a produção da Cochonilha praticamente parou, restando poucos só pra manter a tradição mexicana indígena.
Mas ultimamente ele voltou a moda, por não ser cancerígeno nem tóxico. E só um pequeno número de pessoas sofreram choques anafiláticos ao consumí-lo.
Os vegetarianos e defensores dos animais estão numa luta frenética para boicotar os produtos com Cochonilha e a produção do mesmo. Uma vez que se faz necessária a morte de setenta mil insetos pra meio quilo de corante carmim.
Ok, meus leitores queridos, a que conclusão chegamos? Que sorvete Kibon de morango com pedacinhos de inseto é uma delícia!
(creditos ao Wikipédia, a enciclopédia livre - com pequenas mudanças, claro)